Pra começar bem o dia...

Mostra ao mundo quem és e o que vieste fazer nele. O cartão de teus exemplos espelha tua identidade.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bom da viagem

         Por quanto tempo ainda atribuiremos um preço para nossa felicidade?
         “Quando conseguir me casar serei feliz.”
         “Quando estiver com um emprego melhor serei feliz.”
         “Quando me curar de tal doença serei feliz.”
         Quem pensa dessa maneira age como alguém que quer tocar a linha do horizonte, sem se dar conta de que nunca haverá condições 100% ideais para a felicidade e, ao mesmo tempo, em qualquer situação em que nos encontremos, existirão aí diversos motivos para viver com bem-estar interior e contentamento.
         Parece que muita gente vive seus dias de forma tão automática que acaba não valorizando o momento presente. Ou não sabe observar quando as bênçãos da vida já estão em suas mãos.
         Uma história antiga conta que um peregrino havia vendido tudo o que tinha para comprar de um mago um pergaminho proveniente da antiga biblioteca da Alexandria. O tal documento tinha um mapa e instruções de como poderia ser encontrada a pedra filosofal.
         Tratava-se da mítica pedra que, ao tocar em qualquer metal, produziria um fenômeno alquímico e o transformaria em ouro.
         O peregrino traduziu as instruções e a princípio se sentiu desanimado: teria que viajar até o Mar Morto e, em determinado ponto à sua margem, deveria procurar uma pedra quente. Sim, enquanto todas as pedras das margens eram frias, a pedra filosofal tinha temperatura quente. Era apenas essa a maneira de reconhecê-la.
         Depois de ler aquelas orientações e de ficar imaginando, inicialmente, como seria difícil obter o seu tesouro, respirou fundo e se lançou na jornada. Para ganhar maior entusiasmo, começou a imaginar o quanto seria boa sua vida quando estivesse com tamanha riqueza em seu poder. Colocou ali, naquele ponto futuro, toda a sua esperança de ser feliz.
         Passou por vários lugares lindos durante a viagem, mas nada o encantava.   
         Nunca parou um minuto sequer para ver, com enlevo, a beleza das paisagens.
         Conheceu pessoas e não lhes deu qualquer atenção, apenas queria chegar ao seu destino, pois era lá que encontraria a riqueza e a felicidade. As vozes de qualquer uma delas, dizendo-lhe palavras amorosas de incentivo ou lhe declarando amor e respeito, não encontravam em sua mente qualquer eco. Eram sopros de vento, vazios e sem significado.
         Negligenciou descanso, pois dormia muito pouco. Esqueceu-se da importância da alimentação e passava vários dias sem levar qualquer comida à boca.
          “Caminhar ao máximo, nos limites das minhas forças, sempre em frente, para mais rapidamente chegar ao meu destino.” – era com esse pensamento que sua mente se mantinha ocupada.
          Depois de anos em sua viagem, chegou ao ponto do Mar Morto que o mapa apontava. Sentia-se cansado, estava doente, mas pelo menos considerava-se mais próximo da felicidade.
          Iniciou, então, seu processo de busca agachado na praia. “Será simples, e não importa quanto tempo leve. Pego as pedras, inúmeras a cada dia, quando forem frias eu as atirarei no mar, até que encontre a pedra quente que é o meu tesouro.”
          Começou seu trabalho.
         Os dias viraram semanas, e essas viraram meses. Após alguns anos de procura, agindo de forma mecânica, numa manhã cheia de sol ele recomeçou sua tarefa.
         Sua pele estava enrugada e cabelos brancos em sua barba grande denunciavam a velhice que precocemente havia chegado. Com sua autorização.
          E lá foi ele, lançando-se em seu labor diário, varrendo com seu toque muitos metros de praia por dia:
          Pegava uma pedra nas mãos. Era fria. Lançava bem longe no mar.
          Pegava outra. Era fria. Jogava, a seguir, bem longe lá adiante.
         Já nem pensava mais no que estava acontecendo. Seu coração estava no futuro.
         Dias, meses, anos... fazendo a mesma coisa.
         Pegou mais uma. Era fria. Lançou-a no mar automaticamente.
         “Que maravilha de castelo terei quando possuir a pedra filosofal!”
         Pegou mais uma. Igualmente fria. Lançou-a bem longe, na água.
        “Terei escravos, muitos cavalos, todas as mulheres que quiser, terras e barcos”
         Tocou mais uma. Era quente. Nem percebeu. E atirou-a na água. Bem longe...

         Quando se vive fora do presente, é possível que coisas assim aconteçam. E não é apenas para quem vive de fantasias ou concentra sua vida nas expectativas que geram ansiedade. Mas para aqueles outros que vivem no passado, amargurando-se por relembrar dores, revivendo mágoas, alimentando ressentimento ou culpa.
         O Bom da Viagem é, de fato, a estrada. “Viver cada passo que se dá”. Que tal viver o agora? Quantos motivos você já tem para ser feliz? Que tal observar neste momento os tesouros que já se encontram nas suas mãos? Vários recursos já lhe foram entregues: saúde ou paz, amigos ou força, sensibilidade ou inteligência. Ou tudo junto.
         Ao invés de ficar atento ao que lhe falta, experimente observar o que já possui. Isso ajudará você a seguir em frente e a obter ainda mais da vida. Senão, pode ser que mais tarde você venha a dizer: “eu era feliz e não sabia.”
        Tenha certeza: a pedra quente já é sua e está em suas mãos!



Foto de Kau Mascarenhas: minha pegada - Alto Paraiso / Goiás.......................................................................................................................................................
 
 
O Bom da Viagem
(letra, melodia e interpretação de Kau Mascarenhas, arranjos de Marquinho Carvalho)


Eu não quero mais saber de tanta culpa.
Eu não quero mais barrar os meus caminhos.
O que eu quero é seguir com liberdade.
Sei que nessa estrada não vou estar sozinho.
Já errei, me arrependi de tanta coisa.
Mas agora quero sempre acertar.
De que vale o olho que só chora os erros
Dessa forma ele não pode enxergar
Que o bom da viagem é a estrada
O bom da viagem, é caminhar
O bom da viagem é a andança
Viver cada passo que se dá.
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         Algumas pontos de reflexão que a música e o texto oferecem para sua busca de autoconhecimento e transformação.
         Observar o presente, sair da ansiedade pelo futuro, abandonar amarras do passado, afastar-se de culpa e mágoas, perceber os recursos que já se possui hoje, concentrar atenção no que se tem e não no que falta. Valorizar, desfrutar e saborear o agora.
         Disponível em http://www.kaumascarenhas.blogspot.com/
 
        Pode ser díficil, mas vale a pena tentar...

Semente paz

        Certa feita conversando com a amiga Liane Pinto, psicóloga, ouvi um interessante episódio sobre um encontro seu com a paz. Ela me contava que foi a um grande auditório assistir a uma palestra com certo lama tibetano.
        Liane fazia parte de uma platéia alvoroçada – com, talvez, duas mil pessoas – muito excitada para aquele evento que prometia ser bastante transformador.
      Em sua maioria, tratava-se de gente das áreas do desenvolvimento humano, espiritualidade, psicologia, ou interessados em meditação e cultura oriental.
       A princípio, diria-se que deveriam ser pessoas bastante zen.
      Ao contrário, era notável o rebuliço interior em que se encontravam. E externamente isso se refletia no comportamento, nas conversas que desenvolviam com as pessoas das poltronas ao lado e dos movimentos corporais agitados.
      No momento em que o palestrante surgiu no palco todos serenaram um pouco e fizeram silêncio. “Nossa! Quanta coisa importante sobre a paz aquele homem poderia trazer! Quantas informações valiosas ele iria oferecer!”. Provavelmente era isso que tinham em mente.
      O homem, vestido com exótico traje de cor laranja, olhou para a audiência e sorriu de forma tranqüila e doce, movimentando-se lentamente, dirigindo devagar o corpo para toda a extensão do auditório.
      E só.
      Passou um minuto sorrindo para as pessoas. O tempo passou e aquele tempo começou a parecer interminável. Entrou no segundo minuto sem dizer uma única palavra, apenas sorrindo e olhando para todos.
      E só.
     A inquietação de alguns começou quando, após perceberem que já havia se passado quase dez minutos, e o guru só fazia sorrir, ou às vezes entoar um mantra.
     Houve aqueles que começaram a se mexer nas poltronas, outros cutucaram a pessoa ao lado e comentaram algo, outros foram além e, num impulso de insatisfação ou falta de entendimento da situação, deixaram o auditório.
     Entretanto, aqueles que resistiram e ficaram, puderam saborear em cerca de trinta minutos de sorrisos, uma preleção diferente e valiosíssima sobre a paz e a sua importância no mundo que começa em nossos próprios corações, no próprio aquietamento da alma. Isso fez com que minha amiga tivesse momentos de grande tranquilidade e um genuíno encontro com a paz interior.
     É bastante fácil condenar criminosos, julgar políticos corruptos e amaldiçoar os líderes das nações em guerra. O maior desafio, contudo, será observar a violência das nossas atitudes diárias em palavras ações e pensamentos, e transformar esse estado.
      Se é tão difícil ficarmos algum tempo apenas sorrindo, em paz, ou vendo alguém fazer isso, abrindo mão momentaneamente da profusão interior de pensamentos e julgamentos, como poderemos ter a tranquila contemplação do exterior, capaz de nos deixar viver cada instante com maior tranquilidade?
      Estar em paz comigo mesmo me leva a estar em paz com o outro. E isso não tem a ver com o ambiente externo.
     O escritor e conferencista Roberto Shinyashiki costuma falar que podemos ser um “Buda no shopping center” querendo sugerir a busca do bem-estar e da paz interior mesmo que estejamos em meio a turbulências exteriores.

Série Paz-saros: gaivota na cruz em Florianópolis / Foto de Kau Mascarenhas

      Combinando perfeitamente com essa ideia, há uma antiga história que narra certa competição entre artistas que deveriam pintar um quadro sobre a paz.
       Muitos se espantaram quando viram a pintura vencedora. Era justamente aquela que trazia a imagem de um mar revolto com ondas se chocando no paredão rochoso de uma falésia.
      Certa indignação surgiu por parte dos que acompanhavam a disputa, pois lá estavam representadas diversas imagens bucólicas de flores salpicadas em veredas, montanhas emoldurando lagos azuis, campinas verdejantes, ou trigais beijados pelo vento. O que fez justamente aquela pintura com cena tão tumultuada ganhar o prêmio?
      Até que os juízes revelaram o porquê de sua escolha: na pintura do mar atormentado por furacão, com ondas poderosas açoitando o rochedo havia, de forma pouco visível, numa das pedras, um singelo ninho onde pássaros calmamente alimentavam seus filhotes. A paz pode estar num contexto de grande perturbação do ambiente exterior.
      Albert Einstein, tão conhecido pela sua devoção à ciência, era um pacifista ardoroso, e deu ao mundo importante contribuição nesse sentido.
     Não apenas dava aulas e palestras sobre física, criava fórmulas e mergulhava em pesquisas, mas redigia cartas a presidentes com teor pacifista, encabeçava manifestos pelo desarmamento e fazia conferências onde apontava caminhos para uma paz sustentável.
      Einstein fazia a sua parte, e ele era um homem muito ocupado. Cada um de nós também pode fazer algo.
     Um de seus célebres aforismos diz: “Penso 99 vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio: eis que a verdade se me revela.”
     Talvez seja esse um caminho. Plantar a semente da paz em nosso interior, aquietando a alma, entrando em calmaria emocional, pedindo licença ao pensamento.
      E ir além.
      Hoje parece não bastar que a paz seja plantada; é importante também que seja cultivada, cuidada, alimentada diariamente.
     Sejamos jardineiros da paz.
 

 

Uma Mensagem Evolutiva: Brincando com “Sempres” e “Nuncas”

        Nunca se compare com os outros, não se considerando melhor ou pior que qualquer pessoa. Mas sempre trabalhe para perceber que seu Eu de hoje é mais pleno que o seu Eu de ontem. Crescer a cada dia com tudo o que acontece é abrir espaço para progresso e felicidade.

        Sempre que surgir uma adversidade busque qual é a semente de benefício que ali se esconde. Entretanto nunca faça de conta que o mundo é cor-de-rosa. Antes de ressignificar é valioso tomar consciência.

        Nunca duvide que o poder e todos os recursos, já se encontram dentro de você. Contudo sempre que for importante saiba pedir ajuda. Na condição de seres humanos que somos, a humildade de se mostrar frágil permite agigantamento em comunhão.

        Sempre abra espaço para a dúvida. No entanto nunca desmereça algumas certezas. Há crenças valiosas que alicerçam nosso existir como a de que vale confiar no futuro, construindo-o com atitudes e pensamentos positivos no presente.

        Nunca dê importância demasiada às coisas feias que falarem de você. Todavia, sempre é bom escutar o que dizem a seu respeito. Às vezes os pontos que merecem mudança em nós são vistos mais facilmente por quem não gosta muito de nós.

        Sempre seja sincero e diga o que pensa. Mas nunca use a honestidade como ferramenta para derrubar quem está do seu lado. Pode ser que a dureza ferina da forma como você fala machuque tanto, que se torna perdida a verdade impulsionadora do seu conteúdo.

        Nunca divulgue os aspectos negativos que vê nos outros. Entretanto sempre seja capaz de discernir o que é comportamento modelo ou anti-exemplo. As atitudes anti-éticas, mesmo que mil vezes repetidas, continuam inaceitáveis.

        Sempre coloque o seu melhor em tudo o que produz. Contudo nunca exija perfeição ou se autoflagele quando algo não sair como você deseja. Perfeccionismo é mais uma doença que impede crescimento do que qualidade geradora de excelência.

        Nunca se deixe abater diante das dores alheias. No entanto sempre seja capaz de se colocar no lugar do outro, imaginando o que ele sente. Empatia e compaixão são virtudes que quanto mais se expandirem no mundo farão dele um lugar melhor pra se viver.

        Sempre seja você mesmo. Todavia nunca deixe de mudar. As cascas que nos envolvem podem cair a toda hora para deixar surgir um ser mais pleno e luminoso. Evoluir é possibilidade diária e convite eterno da Vida.

        Nunca desista. Mas sempre respeite seu próprio ritmo. Mude as estratégias para alcançar seus objetivos e reconheça quando alguns dos seus desejos já se encontram mofados. E sobretudo: saboreie cada dia, cada passo, cada instante, cada pedaço do caminho.
Mensagem de Kau Mascarenhas disponível em http://www.kaumascarenhas.blogspot.com/


 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Conhecendo blogs

          Muito bem, turma, dando continuidade às atividades realizadas em aula, agora vocês terão a oportunidade de conhecer alguns blogs. Vale a pena!
          Fucem bastante, leiam diferentes textos, analisem fotos, vídeos... Aproveitem, é só seguir o roteiro abaixo:
1- Neste blog, visualizem outras postagens, escolham pelo menos uma, e façam um breve comentário no espaço destinado. (0,3)
2- Escolham, no mínimo dois blogs dos que estão listados abaixo, visitem, bisbilhotem bastante e também escolham uma postagem para comentar. (0,6)

3- Cliquem no endereço abaixo para  irem ao blog da Alê Félix:
a) Após visualizarem as postagens da página inicial, cliquem onde diz "Alê o quê?
b) Leiam o texto "Eu? Quem sou eu? Ninguém. Mas..."
c) Qual parte do texto mais chamou a atenção de vocês? Justifiquem. (0,2)
d) Retirem do texto uma característica física de Alê. (0,2)
e) Caracterizem psicologicamente a autora do blog. (0,2)
f) Que tipo de gente Alê diz que não suporta? E vocês? Que tipo de gente não suportam? Por quê? (0,2)

4- Na interpretação de texto da prova do 2º trimestre eu perguntei a vocês se conheciam alguns blogs e a maioria respondeu que não. Agora que tiveram esta oportunidade, qual a opinião de vocês sobre os blogs que visitaram? (0,3)

Façam as atividades propostas e entreguem por escrito até o dia 04/10/2011 ou enviem por e-mail para soniaadrianamoreiramarques@gmail.com 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Turma 60 - Escola Jerônimo

          Esta turma é demais...
          São mais de vinte jovens com muito gás, criam ótimos textos e estão sempre dispostos a sair da rotina e aprender mais.
          Utilizaremos este espaço para realizar trabalhos utilizando o laboratório de informática da escola e todos os recursos que ele possui, também postaremos as produções da turma.
          Vale a pena conferir...
          Olhem só eles aí... são lindos!


         

Turma 51 - Escola Jerônimo

          A turma 51 do Jerônimo é bastante ativa e interessada, é formada por um grupo de alunos que amam aprender, brincar e fazer algo diferente. Neste espaço, realizaremos atividades usando o recurso da internet, bem como divulgaremos o trabalho realizado na turma, incluindo as produções para o Livro "CriAções.